Voando as tranças pela Escandinávia 2: em busca da Aurora Boreal

Imagem autorizada para reutilização 

Aurora Boreal. Quem não sonha em ver este espetáculo dos deuses? Quem não gostaria de se embrenhar na tundra do hemisfério norte pra ver este show no céu? Acho que a primeira vez que concebi a imagem da aurora boreal em minha mente, foi quando assisti o filme da Disney “Irmão Urso”e, desde então, tenho vontade vê-la  ao vivo e a cores.

   

Para ver a Aurora é importante estar o mais norte possível do globo (ou ao sul, mas quem é que vai à Antártida, né?), isto, porque o que dá aquele efeito colorido é o contato das tempestades solares enviadas pelo sol com a nossa atmosfera/ estratosfera. As ondas são atraídas pelos polos magnéticos do planeta a todo momento, mas para vê-las precisas

(1) Estar próximo aos polos;

(2) Estar escuro;

(3) Céu limpo;

(4) Haver tempestades solares com intensidade alta. Normalmente a intensidade é medida de acordo com um tal de KP, quanto mais intenso o KP for (KP 3,4, 5, 6)  mais fácil da aurora ser vista. 

Para programar sua viagem bem é preciso saber a intensidade de KP para os dias que você estiver lá, eu acessei este aplicativo chamado AURORA, ele foi muito útil (https://play.google.com/store/apps/details?id=com.jrustonapps.myauroraforecast&hl=en). 

 A expectativa era grande.  Eu tinha tudo: estava à caminho de Abisko no extremo norte da Suécia. Durante o inverno, quando o país tem escuridão por 20 horas ao dia, o que nos possibilitar ver  as cores mais facilmente. O KP no dia estava em "3", o que é ótimo. E eu caminhei com o pessoal que conheci no hostel até o meio de um lago congelado, às 9 da noite, para acostumar meus olhos à escuridão e, assim ver o show de uma forma completa e imersa.     

 Atravessando o Circulo Polar Ártico

Mas se você não percebeu,  faltou um elemento na minha lista acima: Céu limpo. Uma névoa intensa começou a surgir na primeira noite que chegamos e ela continuou lá pelos três dias seguintes. No último dia, consegui ver uma nuvem quereeeendo virar verde... 

...ou talvez essa visão foi fruto da minha imaginação ...já que eu havia viajado mais de 12.500 KM , caminhado em um lago congelado à 20 negativo e à noite ...pra não ver nada 

NÃO ACREDITEIIIIIIIIIIIIII QUE RAIVAAAAAAA QUE DECEPÇÃOOOOOOOO! Mas, tudo bem, um dia verei você, Aurora, nem que eu vá do Alaska ou ao norte da Rússia! 

 Mas sinceramente, gente, a viagem ainda valeu a pena. Tem tanta coisa pra conhecer lá!  Primeiro que o percurso em si é fantástico. Você pode pegar um avião do Brasil à Estocolmo e de lá um trem,  carro ou  vôo até a cidade de Kiruna. 

Em Kiruna há muito o que fazer, por exemplo: 

 1. Conhecer o castelo do filme Frozen, esta é a primeira parada. Na verdade não é um castelo, os criadores da Frozen se inspiraram neste hotel de gelo lindíssimo, palco de muitos casamentos celebrados ali todos os anos, ou melhor, todos os invernos. Porque na primavera ele derrete e no início de cada inverno é reconstruído. 

Bisbilhotando o casamento alheio

2. O Museu do povo Sámi, pequeno museu e memorial da cultura dos únicos povos indígenas da Escandinávia, lá você pode visitar algumas renas e depois ir comer um sanduíche da carne delas.... cruel né? Mas tão gostoso! 

 3. Estação Espacial Esrange. Na verdade é o centro de visitas, porque a estação de verdade é estilo top secret.  Mas o lugar é super bem organizado e ainda tem café, chocolate quente e biscoitinhos à vontade para o turista.

De lá, você pode ir até a vila de Abisko que fica à 1h30min de Kiruna. Lá,  é o lugar que você terá mais chance de ver a dona Aurora no país. Espero que as dicas ajudem aos caçadores de auroras e que vocês tenham mais sorte que eu.  


 Hej då!


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