Olá amigos #steemers e amantes das duas rodas.
Espero que todos estejam rodando e se divertindo muito com suas motocicletas. Mas se você não anda de moto, não têm problema. Todos são bem-vindos para acompanhar as histórias de algumas aventuras minha sobre duas rodas.
Para começar, vou contar sobre uma viagem que fiz com a antiga guerreira do dia-a-dia urbano. São Paulo - Londrina, Londrina - São Paulo a bordo de uma pequena scooter de 150cc. Mais precisamente uma PCX 150cc da Honda. Uma aventura divertida e inesquecível.
Minha Missão
Eu comprei esta scooter logo depois de voltar a morar em São Paulo. Como estava sem carro e precisava todo dia atravessar da zona oeste para trabalhar na zona sul, a scooter era minha opção mais econômica e prática para fugir do trânsito.
Em Março de 2016, fui convidado para participar de um Hackathon de agronegócio lá na cidade de Londrina. Ou seja, uma viagem de ida e volta com um total de cerca de 1.100Km.
Ir de avião era fora de questão para o meu bolso. Ônibus era okay, mas aí eu teria que gastar com taxi por lá, além de ser chato pra caramba ficar na correria de rodoviária e paradinhas técnicas no meio do caminho. A opção que me restava estava lá na garagem, pronta para encarar uma aventura.
Preparativos
Quando vendi minha Harley em 2014, guardei parte dos equipamentos de viagem, pois sabia que logo estaria rodando com uma moto nova por aí.
Acontece que os equipamentos eram para uma Harley-Davidson, então tive que usar da criatividade para adaptar a mala na scooter. Para isso fiz uma base de madeira e parafusei no suporte de bagageiro da PCX. Desta forma ficou fácil fixar a mala com as travas dela e também pude adicionar alguns elásticos extras para segurança.
A viagem
Foi um dia muito quente, de céu azul e sol escaldante. A PCX é uma moto muito fraca, a velocidade máxima não passa dos 110 Km/h. Para não forçar muito o motor e ter um pouco mais de autonomia, constantemente ficava atrás dos caminhões. Assim, o vento era cortado e eu conseguia andar mais rápido gastando menos combustível.
O caminho até Londrina é feito em sua maior parte pela Castelo Branco, uma rodovia que é praticamente uma linha reta. O melhor é que conforme me distanciava de São Paulo, mais deserta a estrada ficava, assim a paisagem urbana é substituída por longas plantações de cana e soja, permitindo momentos de contemplação do horizonte.
Ao todo levei 8 horas para ir e 6,5 horas para voltar. A ida acabou por ser mais demorada pois o calor era tanto que eu tinha que parar constantemente para me hidratar.
Não importa o destino e sim o caminho
No fim das contas, apesar dos desafios que enfrentei, valeu cada minuto. Viajar de moto é sempre uma experiência única. Viajar de scooter é uma experiência inesquecível.
O caminho é o que me encanta e inspira. Estar ali sozinho, dentro do meu capacete escutando apenas o vento e meus pensamentos. Para mim, esta é a melhor forma de experimentar a liberdade.
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É isso aí! Na próxima irei contar como foi viajar de São Paulo a Balneário Camboriú sozinho com uma Harley 883R. Spoiler Alert: Chuva, estrada escorregadia e combustível acabando.