Porque o xadrez deveria fazer parte da cultura do brasileiro?

Eu poderia enumerar dezenas de benefícios da prática do xadrez desde a sua tenra infância, quando eu menciono prática do xadrez, não me refiro somente a jogar xadrez ou como um comentário preconceituoso, que ouvi de um certo professor de matemática: “Jogar xadrez é só ficar sentado e empurrar peças”. Posso afirmar que xadrez não “é só empurrar peças...”, vai muito além disso, tem toda uma preparação mental por trás. Mas por que o Xadrez e tão pouco difundido no Brasil? Talvez alguém que já esteja há anos nessa luta possa explicar um pouco melhor sobre nossa cultura:

Olavo de Carvalho: Quem quer que conheça a história intelectual do nosso país sabe que é uma constante da sociedade brasileira o ódio à inteligência, misto de temor e despeito, e acompanhado, à guisa de compensação neurótica, pelo culto devoto aos títulos, cargos e honrarias exteriores que a substituem eficazmente em festividades acadêmicas e homenagens parlamentares.
A mentalidade geral, já antiga e tão bem retratada por Lima Barreto, segue a das vizinhas fofoqueiras do Major Quaresma, que, ao ver pela janela a biblioteca daquele infausto patriota, comentavam: “Para quê tanto livro, se não é nem bacharel?”

Então amigos, vemos mais uma vez um inocente sofrendo por essa nossa aversão ao que é culto. No Brasil, se pratica a cultura da bunda e da malandragem, e se despreza quem ousa buscar mais um pouco de conhecimento, vejo alguns alunos meus sofrerem um pouco de desprezo da maioria, pelo simples fato de jogarem xadrez, a maioria torcem o nariz e falam : “Jogo de Nerd”. E com isso jovens se sentem desmotivados a aprenderem ainda mais sobre esse jogo/ciência.

E nesse quesito que afirmo que seria uma ferramenta que ajudaria um pouco ao Brasil a sair dos últimos lugares nos testes educacionais no mundo: “O Brasil ficou em 38° lugar, com 428 pontos, em um total de 44 países”, e também o Q.I. médio brasileiro tem caído de forma assustadora,acreditem o que ruim pode piorar: “Um estudo feito por pesquisadores estrangeiros chegou a uma conclusão que, se correta, é aterradora: dos 31 países analisados, o Brasil é o único que teve uma queda no QI (Quociente de Inteligência”.

Daí que entra a prática do Xadrez didático, voltado ao estudo, para ser bom no xadrez não basta apenas "empurrar peças", e preciso praticar muito e ler bons livros, livros esses que exigem uma leitura analítica. Esse é o segredo, fazer com que o aluno tome gosto por ler livros difíceis, que desafiem seu raciocínio lógico, para que assim, ele cresça como individuo e saia desse patamar pífio intelectual que o Brasil se encontra.

Se você leu esse artigo, e ainda não joga xadrez, não se preocupe, eu aprendi “a empurrar as peças” com 28 anos de idade, mas, só aprendi a pensar sobre xadrez depois que li alguns livros difíceis e com isso, retomei o gosto pela leitura que edifica, não apenas uma leitura de passar o tempo ou/e informativa, mesmo que sua intenção não seja se tornar campeão, ser Grande Mestre, aprenda a jogar e você verá o quanto é prazeroso e divertido praticar esse esporte.

Incentive seu filho a jogar xadrez, se você é professor, tenta implementar o Xadrez como ferramenta auxiliar pedagógica, e você jovem, peça aos seus diretores para trazerem o xadrez para o ambiente escolar. Existe muitos jogadores que seriam ótimos professores, se derem uma chance para eles, o farão com grande dedicação e amor.

Então um esporte que prioriza a mente, seria essencial para o nosso país.

Avante Peão!

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