A escrita das mulheres

Como mulher acho que conheço bem a mente feminina, assim prefiro outros olhares. Talvez, esse seja um dos motivos de boa parte das minhas inspirações virem de escritores. É engraçado isso porque existem formas de abordagens para atrair qualquer gênero, inclusive existem relatos difíceis de dizer a autoria. No entanto, considero eles mais raros.

Qualquer expressão artística pode dizer muito sobre a personalidade de seu criador, principalmente a escrita. Para entender comportamentos humanos, um dos caminhos é a arte. Por sinal, muitos psicólogos trabalham nesse quesito com os seus pacientes. Com essas considerações, fecho a série sobre mulheres destacando algumas escritoras renomadas.

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"A palavra é o meu domínio sobre o mundo." Na imagem, Clarice Lispector (Foto: Instituto Moreira Salles/Divulgação)

Confira e relembre algumas das escritoras que marcaram a literatura

Agatha Christie (1890-1976)

O desejo de seus pais era que seguisse carreira de cantora lírica ou pianista, ela preferiu os contos. Leitora voraz, ela costumava ler 200 livros por ano. Com 79 títulos escritos, traduzidos para 45 línguas, ela vendeu mais de 2 bilhões de cópias. Seus consagrados contos e romances de mistério, fizeram dela a Rainha do Crime. Também publicou seis romances sob o pseudônimo de Mary Westmacott.

Seus livros inspiraram filmes, como Assassinato no Expresso do Oriente e Morte no Nilo.

Clarice Lispector (1920-1977)

Escritora e jornalista nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, Clarice Lispector é considerada uma das escritoras mais importantes do século 20. Seus textos estão recheados de cenas cotidianas e tramas psicológicas. A escritora conhecia pelo menos sete idiomas. Português, inglês, francês e espanhol fluentemente. Já hebraico e iídiche, com alguma fluência; e russo, com pouca fluência.

Sua obra recebeu mais de 200 traduções para mais de 10 idiomas. Alguns dos livros mais traduzidos: A Hora da Estrela, A Paixão Segundo G. H, Perto do Coração Selvagem e Laços de Família.

Carolina de Jesus (1914-1977)

Escritora brasileira, Carolina é conhecida pela sua obra Quarto de despejo: Diário de uma favelada, publicada em 1960. Ela viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na zona norte de São Paulo. Com o sustento da coleta de papéis, conseguia sustentar seus três filhos. A autora foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em 1958.

O seu livro de estreia teve 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países. Chegou a publicar outros livros, mas nenhum repetiu o sucesso.

Rachel de Queiroz (1910-2003)

Nascida em Fortaleza, Rachel foi escritora, jornalista, romancista, cronista, tradutora e dramaturga. Ela foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (1977). Suas narrativas tratam de temas sociais para expor a realidade do Nordeste brasileiro contra a miséria e a seca.

Hilda Hilst (1930-2004)

Poeta e dramaturga brasileira, Hilda deixou mais de 40 livros publicados. Seus devaneios eram a respeito de morte, amor e sexo. Ela será homenageada no maior festival de literatura do Brasil, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontecerá entre 25 e 29 de julho deste ano.

Jane Austen (1775-1817)

Conhecida pela obra Orgulho e Preconceito, a escritora inglesa gostava de descrever seus personagens com ironia. Sua obra consegue atingir um público amplo, além de ser objeto de estudo.

Cecília Meireles (1901-1964)

Além de poetisa e jornalista, era professora e pintora. É uma das primeiras vozes femininas de grande expressão na literatura brasileira. Vencedora de vários prêmios, suas obras são fortemente influenciadas pelo simbolismo. Os temas mais comuns: vida, amor e tempo.

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