A Reeducação Brasileira: A Mentalidade Empreendedora x Estatista

A Reeducação Brasileira: A Mentalidade Empreendedora x Estatista


Fonte da imagem: http://otambosi.blogspot.com/2018/06/estatismo-brasileiro-historia-do.html


Se você já tem seus 20 anos, em algum momento de sua vida já deve ter escutado aquele conselho de um tio, um parente qualquer ou um amigo da família: “Nossa você é um (a) rapaz/moça tão inteligente, porque não faz um concurso público? ”; “Concurso público te dá segurança, lá você dificilmente será mandado embora”; “Se eu fosse você eu faria um concurso público porque o mercado de trabalho não te dá segurança”. Infelizmente essa é a visão da maior parte das pessoas nesse país. Mas o porquê desse pensamento ser tão forte? A resposta mais óbvia é pelo fato de o mercado de trabalho brasileiro realmente não proporcionar a segurança que a maioria das pessoas buscam.

Mas por que uma pessoa não se sente segura trabalhando na área privada? Hoje a estrutura do Estado brasileiro é extremamente deprimente quando se trata da criação de empregos e abertura de novas empresas. Segundo o SEBRAE, cerca de 60% das empresas no Brasil fecham as portas no segundo ano de atividade. Uma das razões é a falta de conhecimento e visão empreendedora, que não é ensinada nas escolas brasileiras. Outras razões decorrem da estrutura burocrática do Estado, das rígidas leis trabalhistas, do alto número de encargos, da pesada carga tributária e do direito trabalhista que infelizmente busca desqualificar o administrador em detrimento dos funcionários, mesmo quando aquele tem razão e provas.

A estrutura da economia brasileira hoje é estatista. A mentalidade também. Em um cenário onde a criação de empresas fosse facilitada por diversos fatores, a oferta de empregos superaria a demanda, ou seja, a segurança de um bom profissional é exatamente a busca por mão-de-obra por parte do mercado, e este, sendo bem qualificado, sabe que a empresa em que trabalha não irá querer perder um colaborador para concorrência depois de investir em seu desenvolvimento dentro da organização.

Além das matérias da grade curricular do ensino brasileiro, seria de extrema importância a ministração de aulas de administração e gestão financeira, assim qualificando uma geração inteira para empreender em cenários futuros. Teríamos mais pessoas gerando emprego do que buscando uma vaga, ou seja, mais pessoas agregando valor para economia brasileira através do desenvolvimento de técnicas, tecnologias, pesquisas e métodos ao invés de uma população buscando usufruir de cargos, salários e altos benefícios do Estado.

Façamos uma análise: imagine uma pessoa que deve escolher entre abrir uma empresa ou fazer concurso para um cargo público. Na primeira hipótese, considerando um cenário onde a abertura e gestão de empresas fosse facilitada pela estrutura governamental e que essa empresa já tivesse atingido seu ponto de equilíbrio entre receitas e despesas, essa pessoa, estará agregando valor à economia nacional. Sua empresa arrecadaria tributos, essa pessoa e seus colaboradores também recolheriam tributos o que geraria recursos para o Estado investir em infraestrutura básica que melhore as condições urbanas, assim melhorando também as condições de vida da população e do mercado. Isso não quer dizer que ninguém deva trabalhar no Estado, até porque alguém deverá ocupar as funções essenciais, mas a questão é: uma mentalidade tão enraizada em prestar concurso público leva milhares de pessoas a se abdicarem de trabalhar e empreender para se digladiarem por uma ou meia dúzia de vagas. Há concursos em que pessoas passam 5 anos se preparando para disputar a vaga com mais de 100 mil inscritos. Dessas 100 mil, 90 mil poderiam estar empreendendo e gerando empregos. Esse aspecto só irá mudar com uma educação que gere o pensamento empreendedor e uma estrutura que permita o livre mercado.

Nota: Temos um fórum de discussão e produção de conteúdo de cunho conservador no Discord, se tiverem o interesse: https://discord.gg/cvZ6Ps9

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