Um ideal humano - Mais um para o projeto Dailycharity

DAILYCHARITY
[por @tmarisco]

Nesta segunda-feira, o @msp-brasil lhes apresenta os posts que participaram da iniciativa #dailycharity São Tomé e Príncipe ao longo da semana que se passou. A maioria ainda está ativa, portanto, aproveitem para votar, resteemitar e comentar. A recompensa deste posto, inclusive, será repassada para a campanha ;)

#dailycharity é uma iniciativa atemporal que engloba todo o universo #pt. Nascida pelas mãos do @zpedro, objetiva abrigar campanhas solidárias de arrecadação de fundos para determinado fim por meio por meio de (1) doações diretas para a conta @dailycharity e ou (2) posts diários feitos por steemers da comunidade #pt (recompensas em steem e sbd estão sendo enviadas para a causa).

MSP-Brasil : DAILYCHARITY - 17-24/06/18

Hoje fiquei sabendo ser o último dia para poder fazer um post que dê tempo para @zpedro viajar. E esse post também doarei a proposta do @zpedro, e parabenizo pela pelo projeto, em uma época de festejar suas vivências pessoais.

Vemos sempre que podemos construir, e que contribuir em comunidade sempre é um caminho que torna mais forte as iniciativas.

E aqui está para mim um dos pontos mais importantes da tecnologia blockchain, que tem muitos potenciais, que se misturam na esfera econômica e social.

Trago aqui uma imagem do Mike Quindazzi, gosto muito dos posts dele, acompanho no Linkedin, tinha guardado, e como não achei o post de referência, deixo o link dele aqui

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Podemos ver quantas utilidades a tecnologia pode trazer, e nos colocar de frente a uma nova era do capitalismo, uma mudança do bem material, para o um bem material abrangendo e aumentado pela tecnologia.

Não sei muito as consequências que isso pode ter, e como sabemos todo instrumento dependendo da mao humana que o utiliza pode ser utilizado com muitas direções.

Imagina um mundo onde o acesso se dará pela blockchain, que em seu desenvolvimento pode substituir a própria internet, onde você pode ter lucro aprendendo, ensinando, conversando, interagindo, integrando o processo de globalização que ainda se mantem em um mito nacionalista, idealista, crenças, que em seus extremos são levados ao ato de violência, de uma falsa crença de que entre os animais humanos há diferença que torne o Homo sapiens superior há algum Homo sapiens.

Como venho tentando trazer em algumas series, os humanos aprendem o ódio, como aprendem o amor. E é na estrutura familiar e cultural que se ensina.

Se aprendemos o amor, porque tanto ódio?

Talvez @leodelara nos ensine um pouco disso também, a história interpretada por cada comunidade, que se constituem, repercutem ao longo, de muitos, e muitos anos.

A história, ou o mito cultural, ou mesmo a cultura, é um fator importante de constituição da mente. Complementadas por nossa genética, e vivencia individual, moldada nas relações que temos desde o nascimento.

A oferta e demanda já existe há milhares de anos, talvez com outras perspectivas, nas vivências que propiciaram a sobrevivência dos humanos que nos antecedem. E isso se deu a partir de contribuição mutua, como um caça, outro pesca, outro cuida dos filhos, outro protege a vila, outro faz a comida, outro cria mitos, que formam ideais, e dão direção a angústia da existência.

E oficialmente mesmo, oficializando o modelo econômicos que se evoluiu das trocas, o capitalismo surge como um modelo econômico a partir do seculo XV, não sou historiador, e se estiver errado nosso colega historiador pode nos ajudar.

E como todo instrumento criado por humanos, pode ter vários direções, como já dito.

E é inquestionável como capitalismo foi imprescindível para evolução da sociedade, ao mesmo tempo que conduz a um mito de superioridade pelo capital, e inferioriza a não posse dele. Atrelado ao histórico religioso, os alicerces do modelo feudal assim se estruturaram.

E como a base do funcionamento humano, movido a ideais, sem perder o egocentrismo que o molda, se faz uma regra básica, quem tem quer mais, e quem não tem quer o de quem tem.

E nessa generalização, só para nos situarmos, irá se originar de quem não tem, mas que produzem, que se justificam "queremos o que nosso de direito".

Assim no século XVII, com muitas ocorrências históricas, sociais, e muitos adventos, começaram pensamentos de um bem coletivo, de um modelo que recebeu o nome de socialista.

Aqui marcamos um ponto importante. Que pelo menos na sociedade que nos molda, proveniente da cultura europeia, e com muita influência da filosofia grega, a maioria das populações, cidades, comunidades, de maiores populações, a minoria porta a maior parte dos bens, e a maioria a menor parte.

Assim o socialismo ganhou força, e acreditou que através da força, da "revolução do proletáriado", conseguiriam o que lhes eram de "direito".

Luta que hoje vemos que se perdeu, em um mundo capitalista, e na prerrogativa de que crenças antigas perpetuam o funcionamento social. Um liberalismo do liberalismo, que se assemelha ao início de Maio de 78. Também não evoluíram seu discurso, mantendo por sua parte um polo de difícil diálogo.

Assim como o outro polo que se diz de direita, conservador, e que acredita que o mito do capitalismo é maior do que dos próprios direitos humanos, que nada pode abalar seus valores, enquanto o que não são os seus, são contras. Afinal dizem que e a natureza do homem, ou de suas outras crenças.

O Brasil heterogêneo vamos ter esses polos, dentro de outros polos, e outros polos. Que irão se intercambiar, e permanecer na mesma falta de compreensão das razões alheias.

Dos múltiplos polos. Que não dialogam. Claro que no meio desses polos temos remanescentes que nos dão esperança de um futuro melhor, me incluo nesse grupo, feliz por estar em cima do muro. Disposto a dialogar e entender como conviver com os pensamentos diferentes.

Porque no final, compreende-se que todos terão suas razões, e suas sabedorias quem carregam saberes e valores dos mais humanos, por mais que não compartilhem uns com outros, não entendam uns aos outros, e aprendam a viver em comunidades que se respeitem, pois ainda não chegamos nesse passo, ainda estamos tentando lidar com contingenciamento da saúde e educação.

E acabam que essas ricas sabedorias, se desfazem discussões vazias, difundindo-se tanto no âmbito social, e consequentemente político, e vice e versa.

Temos hoje um capitalismo que agregou muito do socialismo, e mesmo com uma descentralização muito grande de renda, ainda a desigualdade se perpetua, cada região terá sua particularidade, algumas regiões estão melhor que outras.

Ainda vivemos os séculos passados, em uma briga inútil, que se justifica nas discussões pelos polos extremos, fomentadas pelo ódio, e falta do discernimento, entre falar "de" ou falar "sobre". E chegamos a calhar em situações que se discutem "quem matou mais ou menos".

O que não muda nada a realidade da maior parte, pelo menos do Brasil, que vive a pobreza e a miséria. E não mudam em nada também os pombos brigões, nem os delinquentes, os assassinos, os professores mal remunerados, os funcionários com salários atrasados, o lucro em cima do funcionário, o funcionário que não gosta do emprego e não produz, a corrupção, o funcionamento social, e tampouco o econômico.

E tudo é "culpa dos políticos", da "população burra", dos "ignorantes que não sabem votar", do "país que não tem jeito".

E assim como as marcas da criação se repercutem durante a vida, esses discursos se repercutem lá no circo, é só ligar a TV, e assistir TV câmara, ou TV senado.

Para mudar o circo dos representantes, a mudança vem de baixo, uma mudança estrutural, com base no acesso a direitos como afeto, alimentação, lazer, educação, saúde, bens materiais.

Tenho pacientes que pedem desculpa pela roupa que vestem. E outros que não tem o que comer. As ruas do Rio estão cheio de moradores.

E ainda há quem justifique que pobreza e vagabundagem são a mesma coisa. São para quem não conhece o mundo real da pobreza, ou os que venceram e julgam os que não venceram como perdedores, para se instituir no lugar de vencedor, que o é, mas se reafirmar e excluir o outro ratifica esse lugar.

Como se todos tivessem a mesma criação, desde o nascimento, as circunstâncias da vida, somos humanos sabedores de tudo, não nos colocamos em dúvida, afinal não nos cabe ser imperfeitos.

O passado, o passado é vivido como se estivesse lá, e discorrido com as mais fortes convicções.

A vivência do real se esvai. Pois estamos presos em nossos próprios pensamentos, no passado que nunca saímos, no presente que nunca chega, e em um futuro cada vez mais aterrorizante.

Semana passada tinha uma paciente internada em um Hospital, na região de Acari no Rio, e não pudemos visitá-la porque o território estava em guerra. Quem não conhece procura no mapa Acarí, e veja o mar de favela sem fim.

Em uma cultura de violência, em que a lei da sobrevivência remete aos instintos selvagens, mesmo assim temos uma população muito rica em cultura e amor. E que não são vistas pois só noticia-se a violência, realizada pela minoria das anarquias tanto de traficantes e de milícias.

Talvez um dia possamos sair do viés ideológicos vazios, das discussões sem sentido atuais, do entendimento de direita e esquerda. Que varia de pessoa a pessoa, é incrível como as pessoas entendem direita e esquerda das mais variadas formas.

E talvez, conseguirmos discutir para além dos extremismos. Para que possamos pensar para além do dinheiro, que é um problema para tudo mundo, já que quanto mais, mais segurança se tem para sua família, e quanto menos mais dívidas.

E para quem não sabe, o pobre não tem dívida com bancos, tem com agiota, modelo antigo brasileiro.

A blockchain pode nos possibilitar isso, o gatonet chega nesses locais, claro a quem paga direitinho os comandos anárquicos. Lembro que não é uma crítica a Anarquia, é um funcionamento social existente nos moldes culturais propiciados, nem toda Anarquia se dará dessa forma.

Talvez um dia possamos viver o presente, e ter esperanças de um futuro, não igualitário como as utopias socialistas fundamentaram, nem violento como os comunistas tentaram, e em alguns lugares conseguiram parcialmente a muito custo de muitas vidas, e nem selvagem como o capitalismo pode ser, onde o lucro se torna maior do que a própria humanidade.

Talvez possamos aprender com o passado, e ver que podemos ser diferentes, e mesmo assim compartilhar de coisas parecidas, e outras nem tanto, mas com devido respeito. Respeito as morais diferentes, as crenças diferentes, a comunidades diferentes.

Respeito ao que o conhecimento nos traz hoje, que as pessoas são, o que aprendem ser. E talvez um capitalismo digital, onde você comercialize até seu HD do celular, o memoria ram, ou dados, ou informações, possa dos amenizar um pouco, a nosso potencial a violência, e a destruição do outro.

Muitos talvez, temos um tempo curto aqui, e muitos anos de história. Muitos rancores a se dissolver, muitas culturas a se reformular. Mas acredito que sempre teremos humanos que acreditem que o outro ser humano, tem um grande potencial, e investir nele pode mudar os rumos de nossa sociedade. Talvez algum dia alguém compre essa ideia.

Esse dia ainda não é hoje. Ou Trump não iria separar as famílias de imigrantes. E não ouviria tiros aqui de casa. E não iria amanhã trabalhar para testemunhar diariamente o potencial da miséria humana.

Afinal é isso, somos movidos a ideais, a mitos, e o meu é forte, tão forte quanto um delírio pode ser, porém o delírio que contempla a estrutura do pensamento, na mais pura lógica, não se satisfaz nesse conceito, o que me deixa de certa forma deixa feliz, pois escrevo com o coração, na estrutura do afeto, onde a paixão carrega meu valores.

E assim como acreditamos no potencial das blockchains que nos reúne aqui, garanto a vocês o potencial humano é muito maior.

Até chegarem as inteligências artificiais sofisticadas... Mas aí já é outra história!

Obrigado pela leitura!


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