Nem bom, nem mau

Ainda lembranças da ótima experiência e reflexões impulsionadas pela leitura de Sapiens, recordei o trecho onde é discorrido sobre as religiões politeístas.

E em uma explicação lógica, que até então eu não havia pensado sobre nem conhecia, é explicado o que parece ser a origem de grande parte das religiões politeístas, tal como o hinduísmo.

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Em outras palavras, segundo entendi, o autor pega o exemplo do hinduísmo demonstrando inicialmente que naquela cultura existe um 'grande deus' (que não me recordo o nome agora), criador de tudo, que sendo criador de tudo, criou o que podemos entender como bem e como mal. E aí que entra a grande explicação, sendo esse grande deus criador de tudo, não poderia ele ter criado algo que seria ruim, algo que não tivesse uma razão de existir, assim, não seria muito lógica que os humanos pedissem sua ajuda para intervir em algo que ele mesmo criou.

Por exemplo, humanos poderiam pedir ao grande deus um período longo de chuva, entendendo que isso seria algo bom, entretanto, o próprio grande deus criou isso por algum motivo, se um período de seca é ruim para uma parte dos humanos, talvez seja bom para uma determinada espécie da natureza que precisa desse período para um maior desenvolvimento.

Dessa forma, os humanos passaram a respeitar a vontade do grande deus, e em razão disso utilizaram de "outros deuses" específicos que poderiam atuar em situações mais especializadas, por exemplo, um deus da chuva que poderia atuar trazendo chuva, um deus da riqueza, etc.

Vendo por esse lado, ao meu ver, sem querer fazer algum julgamento do mérito da questão, a situação se torna bem lógica e compreensível, trazendo um viés até mais profundo no sentido que tudo que acontece não é necessariamente nem bom, nem mau, apenas é, e existe por algum motivo.

Outro ponto levantado pelo autor, que aqui também não quero fazer julgamento de concordância ou discordância, mas que não deixa de ser interessante, é o de que religiões monoteístas foram grandes responsáveis por discussões, guerras e intolerâncias, vez que as religiões politeístas costumam ser bem mais receptíveis as diferenças, a diversidade e o novo.

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