Algumas delas são:
Trata-se de um experimento social talvez sem precedentes: a construção, a partir do nada, de uma cidade dedicada a uma religião;
O amor livre era uma das práticas dos habitantes desta cidade que construída no deserto de Oregon, nos Estados Unidos, tendo como vizinhos cidades fortemente católicas;
É uma série documental (como ver um documentário de seis capítulos);
A história é contada pelas palavras das pessoas que viveram e protagonizaram a situação difícil em diferentes lados;
É a história do Osho, um líder espiritual muito influente até hoje - por incrível que pareça nunca tinha ouvido falar deste período mais polêmico de sua vida;
Eles utilizaram um arcabouço vasto de imagens da época;
Nietzsche iria gostar de assistir porque a série mostra além do bem e do mal.
Mas o que ficou mais forte foi lembrar tanto de Espinoza: confiando que somos seres racionais criamos explicação política ou religiosa para legitimar nossas ações no coletivo, deixando de notar o quanto esta moral é formada a partir do desejo, enquanto impulso individual, para muito além da lógica.
Adorei que a série rapidamente te faz perceber a insuficiência de tentar entender a situação separando as pessoas entre iluminados do bem ou conservadores limitados. Troquei por algo que me satisfez mais: seres emocionais lutando para viverem suas paixões.
Foto: Matthew Naythons/Gamma-Rapho via Getty Images