Se alguém me perguntar como é a maternidade nos primeiros anos, eu pegaria essas palavras emprestadas e responderia a isso. Dificilmente pode ser dito melhor. "A maternidade é um fenômeno absolutamente misterioso. E não me refiro apenas à educação da criança, com todas as dificuldades envolvidas, mas à jornada que cada mulher empreende na presença da criança pequena, mesmo que não a saiba. Em princípio, é uma jornada cega sem preparação adequada e sem rede. Você atravessa a maternidade hoje se assemelha a vertigem produzido lançada por uma lâmina de água que ganha velocidade em poucos segundos, deslizando sem referências, sem lugares fixos que nos prendem, não sabendo onde na jornada somos e quando termina. É a água que inunda nossa consciência, gira e cospe nosso corpo, não nos permite respirar e apropria-se de toda lógica e razão. Em meio a cair no nada, incapaz de lutar contra a corrente, quase abafada pela torrente de jorros de água cristalinas aparecem ocultas ou sentimentos reprimidos, emergentes e nos surpreender. Somos prisioneiros de um deslizamento sinuoso com armadilhas, sem instruções ou sinais confiáveis.
Especificamente e com menos poesia, toda mãe recente se sente perdida apesar de todos os preparativos que foram organizados para a gravidez, o parto e o puerpério. Mesmo se você leu os livros relevantes, praticou yoga com disciplina suficiente, tem meditado todas as manhãs, é fornecido um lindo quarto para o bebê muito desejado, todas as expectativas desaparece antes do mergulho estrondoso em águas puerperais são escuros e invisível ao mesmo tempo ". Laura Gutman
