Self-Reliance, ou em bom português, autoconfiança

Hoje eu quero falar sobre Self-Reliance, ou em bom português, autoconfiança.

Não vou chegar em nenhuma epifania aqui. Meu objetivo é somente compartilhar este conteúdo que considero de enorme importância e que pouco temos acesso em nosso meio educacional.

Precisamente, iriei compartilhar e comentar sobre os pensamentos de Ralph Waldo Emerson, um famoso poeta, escritor e filósofo americano que trouxe muitas ideias novas sobre os caminhos para se conhecer além do “eu" superficial, desenvolvendo uma filosofia chamada de “transcendentalista”.

Não sou um especialista em Emerson, mas tive o privilégio de conhecer um pouco sobre este personagem durante o ano de 2014, enquanto eu participava de um Boot Camp de empreendedorismo no Chile. Praticamente todas as manhas, tínhamos uma sessão de leitura de trechos do seu ensaio “Self-Reliance” e debatíamos em grupo sobre os pontos apresentados.

Eu gostaria de ter gravado e anotado estas sessões para poder lembrar de todos os insights que tive durante o processo, pois os pensamentos de Emerson conseguem trazer a tona a nossa ignorância no auto-conhecimento, revelando sem piedade a forma como servimos sem questionar a uma sociedade que se desenvolve em conceitos e exigências de comportamento e atitudes estapafúrdias. E olha que ele escreveu isso 1841.

Palavras que ecoam


Bom, referências apresentadas, sigam os links para conhecer mais sobre este personagem magnífico, garanto que não irão se arrepender. O conteúdo é amplo, então eu vou focar no epílogo usado por Emerson em seu ensaio “Self-Reliance”:


emerson.jpg

"Man is his own star; and the soul that can
Render an honest and a perfect man,
Commands all light, all influence, all fate;
Nothing to him falls early or too late.
Our acts our angels are, or good or ill,
Our fatal shadows that walk by us still."



Epilogue to Beaumont and Fletcher's Honest Man's Fortune


Têm tanta coisa nestas linhas que fico até com medo de tentar uma tradução, então humildemente aqui vai:


“O Homem é a sua própria estrela, e uma alma que
Torna um indivíduo honesto e perfeito
Comanda toda luz, toda influência, todo destino;
Nada a ele cai cedo ou tarde demais.
Nossos atos nossos anjos são, ou bons ou doentes,
Nossas sombras fatais (como traduzir isso?) que caminham junto a nós para sempre."


Ok, eu não sou intelectual, filósofo ou até mesmo inteligente o suficiente para fazer uma análise crítica e profunda das palavras acima. Mas consigo perfeitamente sentir o poder delas e toda vez que eu leio este poema consigo tirar algo novo dele.

No decorrer do ensaio, Emerson nos trás a noção de que o homem não deve viver pelas ideias dos outros e nos sugere uma forma de aprender a ouvir nossos instintos e pensar por nossa conta. Parece óbvio mas não é tão fácil assim. Somos, muito mais do que percebemos, produtos de um meio que nos limita.

A originalidade surge naqueles que vivem com autonomia e coragem de mostrar ao mundo sua verdadeira essência, seja ela boa ou ruim e com isso traçar o seu destino de prosperidade. Pensa numa criança, que não carrega com ela os códigos de conduta social e desta forma não demonstram cinismo ou hipocrisia. São transparentes quanto a sua essência pois não precisam de aprovação do outro.

Devemos viver inconformado com a realidade afim de buscar pela nossa verdadeira personalidade. Melhor, agir apenas para obter a aprovação dos outros, nos impede criar sem censura e contribuir para a sociedade.

Por que o medo de expressar a nossa essência?


Vivemos rodeados de críticas. Seja o que a sua família pensa e fala a respeito das decisões que tomou na vida, dos amigos que vivemos nos comparando e criando auto críticas como se a vida de todos devessem seguir pelos mesmos trilhos.

Quando leio “Man is his own star (O Homem é sua própria estrela) automaticamente destruo este medo de me aceitar como sou. De olhar com razão para a crítica envolta e entender que a verdadeira natureza não pertence apenas aos indivíduos de detém o sucesso, poder ou simplesmente status. Agir assim é permitir encaixar-se em castas, que nada mais são do que conceitos, ou um conjunto de regras, criados e imposto pelos indivíduos desse meio de poder.

Sendo todos nós imperfeitos não podemos buscar a perfeição que é impossível. Estamos tão obcecados com a busca de um ideal que não percebemos que somente pela inconsistência (erros e acertos) podemos evoluir e alcansar nossa autoconfiança.

Alívio da angústia

Nada pode lhe trazer paz senão você mesmo. Nada lhe trará a paz senão o triunfo dos princípios.

Acho que essa afirmação consegue falar por si mesma. Somente seguindo pelo caminho do coração/instinto, acreditando na sua essência, sem a necessidade de validar o que é seu através do outro, é que é possível encontrar o alívio para a angústia do viver.

Não procure imitar a trilha percorrida pelo outro, isso somente lhe trará a sensação de estar rodeado de coisas ultrapassadas (e são). Não sinta medo de expressar a sua criatividade que nada mais é que a sua a melhor forma de entrar em contato com a sua essiencia.


Que essa introdução a este grande pensador tenha colocado você em um estado de reflexão.

Obrigado pela leitura!

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