#FILMOTECA# - "Jurassic World: Fallen Kingdom" | "Jurassic World: Reino Ameaçado" (2018)

Fonte: Divulgação (Time)

Sinopse: Owen e Claire retornam à ilha Nublar para salvar os dinossauros restantes de um vulcão que está prestes a entrar em erupção. Eles encontram novas e aterrorizantes raças de dinossauros gigantes ao descobrir uma conspiração que ameaça todo o planeta.

Tudo começou há 25 anos atrás, quando Steven Spielberg mais uma vez reinventou a sua forma de fazer cinema, trazendo um elemento extremamente conhecido da era jurássica para o mundo moderno: os dinossauros.

Com um argumento bem fundamentado para trazer os dinossauros de volta à vida, Jurassic Park se consolidou como um dos marcos dentro da sétima arte... E segue com essa conquista após todos esses anos (aliás, isso já é algo consolidado... ainda que esse tipo de não seja o seu preferido, não há como negar a qualidade do mesmo).

Assim como a vida encontra sempre um novo caminho... A franquia agora segue o mesmo curso.

Fonte: Divulgação (Variety)

Ao longo dos anos, a franquia procura sempre avançar inserindo novos elementos às tramas e embora o uso de clichês específicos seja recorrente (principalmente na criação e nos perfis dos personagens), quando eles são bem utilizados... Não há demérito algum no uso desse argumento (algo que particularmente só falhou no segundo filme da franquia original, O Mundo Perdido: Jurassic Park ).

Em Jurassic World: Reino Ameaçado, vários desses clichês estão de volta e provam o quanto uma reciclagem pode ser eficiente quando se tem uma boa história que vale à ser contada (e ainda consegue fazer uma extensa homenagem a franquia original).

O filme se concentra em dois grandes momentos: 1. no esforço em salvar os dinossauros de uma extinção em decorrência de uma erupção vulcânica; 2. na luta contra a imposição do capitalismo sobre a verdadeira essência da ciência. São momentos muito bem divididos e que garantem o dinamismo necessário para manter o espectador atento e cada vez mais instigado em acompanhar às suas 2 horas de projeção.

Fonte: Divulgação (Medium)

Durante o primeiro ato, a roteiro coloca todos os personagens de volta a ilha Nublar, enfrentando perigos de escala estratosférica quando o vulcão implode e cria uma das cenas mais lindas e tensas já vista no cinema (é realmente um dos momentos que deixa o público na ponta da cadeira, com o olhar fixo na telona para acompanhar o desfecho de tudo... que por sinal, culmina com uma cena muito triste de se ver)!

No segundo ato, os personagens são levados para a cidade (mais precisamente para uma mansão onde há uma mistura clandestina de base militar e laboratório) e o filme apresenta a sua outra metade: uma crítica ferrenha aos valores morais e éticos dos seres humanos quando o dinheiro está em jogo. Durante essa fase, o roteiro mergulha na ideia assustadora da ciência ser controlada pelo capitalismo (evidenciando que tudo estaria a um passo do caos quando administrado pelas mãos erradas).

Fonte: Divulgação (Nerdist)

Essas duas vertentes que o roteiro apresenta se complementam de forma muito eficiente, alternando sempre entre momentos cheios de ação e aventura (e alguns são realmente muito eletrizantes!) com momentos mais dramáticos e reflexivos. Há um momento dramático em especial que chama o público para um dilema bem particular (e é o segundo grande momento onde o público pode ser levado às lágrimas).

Tudo isso é extremamente bem trabalhado pelo diretor J.A. Bayona (Sete Minutos Depois da Meia Noite), que consegue amarrar por completo o filme afim de deixá-lo bem redondo (tornando-o em um blockbuster com selo de qualidade certificado).

Apesar do roteiro não ser inovador, o clima de tensão e suspense - dentre outros aspectos, à base em um criativo jogo entre luzes e sombras - é muito superior ao criado no filme anterior e com uma direção mais centrada nisso, o resultado é que essa sequência apresentar um novo olhar e um novo caminho para a franquia (um impulsionador para a terceira parte... que tem tudo para despontar de vez!).

Fonte: Divulgação (Bloody Disgusting)

O elenco trabalha em sintonia (com um destaque claro para Chris Pratt (Owen) e Bryce Dallas Howard (Claire) - esta segunda bem mais necessária e segura de si do que no primeiro longa - que juntos protagonizam grandes momentos da trama) e entregam performances compatíveis - ainda que haja um ou dois personagens bem caricatos - com o que se espera deles (ou seja, longe de ganhar um Oscar... mas muito acima da média que é vista em filmes do mesmo gênero).

Vale ressaltar que a introdução da personagem Maisie Lockwood interpretada pela jovem Isabella Sermon é um dos ganchos principais para a renovação da trama.

Comentar sobre os aspectos técnicos do filme é chover no molhado... Mas é impossível falar da irrefutável qualidade dos efeitos especiais / visuais (que estão ainda mais realistas - os dinossauros estão a um passo de tornarem palpáveis para o espectador e causam uma verdadeira imersão afim de fazer o público não apenas ver, mas viver a história), da hipnotizante trilha sonora de Michael Giacchino (que causa sempre aquela nostalgia incrível e enaltece ainda mais a qualidade das cenas) e do trabalho inspirador realizado pela edição de arte (principalmente a fotografia, que é simplesmente sensacional!).

Fonte: Divulgação (Comic Book Movie)

Jurassic World: Reino Ameaçado é um filme grandioso (em todos os sentidos), um filme que proporciona um lugar em uma viagem bem elaborada e executada, despertando vários tipos de sentimentos enquanto o espectador admira - meio que abismado... no melhor sentido da palavra - toda a magnitude que cresce cada vez mais diante de um olhar dominado pelo mundo surreal dos dinossauros.

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