A separação entre mente e consciência - O Poder do Agora


Hoje estou entendendo melhor uma distinção que me foi apresentada há alguns anos atrás com livro O Poder Do Agora, que li há alguns anos atrás, em que o autor diferencia: "mente" e "eu interior/consciência". Produzimos uma falsa identificação com a mente, misturando nossa identidade com aquilo que pensamos. Claro, individualidade existe, mas identidade é algo mutável e relativo, uma figura de imagem produzida pela mente, que tem lá suas funções. E, por outro lado, também existe o que podemos chamar de eu interior, cu consciência, que se manifesta em nossa intuição e instinto.

Quero compartilhar um documentário onde vi essa distinção de modo muito claro, chamado My Beatiful Broken Brain. Conta a estória de uma mulher de 34 anos que sofre um derrame cerebral. Suas habilidade cognitivas (leitura, fala, lógica, etc) diminuem, enquanto outras formas de percepção ligadas à consciência são aguçadas. Ela deixou de ser ágil e multitarefas, e sua nova condição a fez apreciar o silêncio, as coisas simples e crenças que surgem sem precisar de explicação. Para mim, é notável a separatividade entre estes dois âmbitos.

Tenho praticado a meditação, um exercício para silenciar a mente, totalmente contra-maré, porque nosso estilo de vida hoje pede cada vez mais de nosso tempo e rapidez nas mil e uma tarefas. Mas de repente estamos nos dando conta que os prometidos prêmios sociais deste estilo de vida não, necessariamente, trazem felicidade como imaginávamos. Formar família, ter um relacionamento, ter dinheiro, subir de cargo, se formar, não significam felicidade, necessariamente. Muitas vezes nos acostumamos a esperar que a felicidade venha junto com estes objetivos. Mas é preciso saber como encontrá-la dentro de si, por mais que pareça piegas. O caminho da espiritualidade promove uma conexão interior com o que é verdadeiramente importante e uma responsabilização por fazer aquilo que é preciso para fazer uma vida escolhida.

Quando não enxergamos que a mente é só um instrumento, quando estamos identificados com a mente, ela forma um véu na frente dos nossos olhos, e impede que enxerguemos o eu interior dos outros e de nós mesmos, e tudo que temos diante de nós são julgamentos do que é certo e errado, do que devo ou não fazer - padrões produzidos a partir do que a sociedade nos diz para ser. Resgatando a conexão com o eu interior acessamos aquilo que é realmente importante para nosso bem-estar.

Fonte da imagem: Pixabay

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