Quando é preciso enxergar além dos dogmas para encontrar a sua verdade (Quiron em sagitário)


O TERRITÓRIO DA INTUIÇÃO COMO GUIA

A energia sagitariana se manifesta na busca por significados que ampliem nossa visão sobre a vida. A inteligência do ser humano não é apenas mental, mas também intuitiva e estes dois elementos estão contidos na representação gráfica do símbolo de sagitário que, como Quiron, também é um centauro. A parte animal representa nosso poder de percepção sensitiva, e a parte humana representa a capacidade de processar racionalmente as informações.

A ética é um sistema de crenças que atende a pergunta filosófica “o que devo fazer?” quando a racionalidade, por si só, não dá conta de responder. E quando essa situação acontece, a capacidade de intuição pode nos conectar com o melhor a se fazer, mesmo que não consigamos explicar os motivos de nossas escolhas.

Este signo é associado à religião e neste ponto é preciso entender essa afinidade. As religiões são basicamente uma sistematização de crenças que dizem o que devemos fazer diante das situações da vida. A potência sagitariana é relativa da capacidade de conectar-se com sua sabedoria instintiva para formas as crenças que podem guiá-lo de maneira positiva.

Culturalmente costumamos entender que tudo aquilo que não podemos explicar é da ordem da espiritualidade. Só muito recentemente a ciência vem querendo assimilar as descobertas deste âmbito, ainda que não possam ser atestadas pelo método científico. Um exemplo é a física quântica. Mas ainda há muito misticismo em relação a este assunto que pode ser muito mais simples do que parece. Sagitário é a capacidade de perceber aquelas verdades que os olhos não veem e a mente não compreende.

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O MITO DE QUIRON

Na mitologia, Quiron é um centauro imortal atingido por uma flecha com um veneno mortal. Por isso, ele não morre, mas o ferimento causado não se cura. Por sofrer de muitas dores, ele passa a procurar maneiras de amenizá-la. Diz-se o "Curador Ferido" porque Quiron passa a ter a capacidade de cuidar de outras pessoas porque ele descobre o antídoto mas e, além disso, possui a empatia de saber como é sentir aquela dor. Por isso, é a simbologia de uma dor que sofremos e que temos que buscar ativamente os antídotos para amenizá-la. Em termos de personalidade, os aprendizados do caminho de nossa maturidade fazem com que possamos viver de uma maneira cada vez melhor.

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ASTROLOGIA COMO FONTE DE CONHECIMENTO NÃO DETERMINISTA

A posição de Quiron em cada signo ou casa astrológica sinaliza o local das feridas, assim como outros planetas falam sobre demais aspectos de nossa vida. É comum para quem não conhece a astrologia com um pouco mais de profundidade, questionar até que ponto os astros influenciam o comportamento humano e a dinâmica da matéria na terra (marés, crescimento das plantas). Independente desta questão, a astrologia vem construindo um vasto conteúdo sobre as personalidades e dinâmicas humanas ao longo de milhares de anos de aprimoramento. Por isso, mesmo que você não conheça seu mapa astral, pode simplesmente se interessar por um tema explicado pela via astrológica e entender mais sobre ele o ajudará em seu autoconhecimento.

A reconhecida astróloga Claudia Lisboa explica que hoje em dia não existe mais “eu sou assim porque sou de tal signo”, na verdade pode-se dizer “eu sou de tal signo porque sou assim”. Ou seja os arquétipos astrológicos nos ajudam a nos entender em um processo que deve passar pelo nosso discernimento, e não nos classificar.

Se você quiser saber onde Quiron se localiza em seu mapa natal acesse astro.com

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QUIRON EM SAGITÁRIO

Pode levar a procurar na ciência, na vida acadêmica, cursos, especialidades, livros as respostas por verdades, levando a consumir cada vez mais destas coisas sem nunca se sentir saciado, sem sentir que suas perguntas foram respondidas. Pode ter começado sua busca já na infância tendo reflexões precoces sobre o significado da vida.

Também pode achar que encontrou A verdade e que tem a missão de ensinar isso às outras pessoas, não conseguindo aceitar crenças divergentes das suas. A intolerância provoca afastamento, de modo que as relações pessoais podem ser bastante oneradas por isso. Tende a ter uma linha de pensamento dualista, ficando bastante confuso e incomodado nas situações que não tem êxito aplicando a lógica do certo/errado, bom/mau.

O lado intuitivo e inconsciente é bastante ativado, de modo que pode ter conexões fortes com sonhos repetidos ou imagens internas de lugares que parecem sagrados. Isso por conta da busca por uma verdade espiritual que pode ser simbolizada nestes elementos. Estes símbolos para, de uma certa maneira, serem compreendidos, processados.

Sensibilidade a dogmas que usam do medo para fazer coerção, como o pecado. Sentimentos frequentes de estar fazendo coisas erradas e que vai ser punido. Por isso é mais propenso a deixar suas crenças pessoais e discernimento de lado na busca por atender e ser devoto de uma causa, caminho ou líder espiritual, ficando susceptível a explorações e manipulações.

Pode ter um instinto bastante forte de se consagrar a alguma coisa, mas dificuldade em canalizar sua devoção não havendo muito critério interior para escolher o que vai glorificar, por isso pode adotar várias coisas como sagradas.

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O CAMINHO DO APRENDIZADO – CURANDO A FERIDA

É importante separar a religião da espiritualidade. Podemos praticar nossa espiritualidade dentro das religiões, mas nem sempre isso acontece. Muitas vezes os locais religiosos são instituições dentro das quais é mais importante seguir as regras do que auxiliar a construção de um caminho espiritual. Estas regras são concepções do que é moral, do que deve ou não ser feito e quando chegamos nas igrejas elas já estão prontas. Não quero dizer que estas práticas não são válidas, quero dizer que são diferentes da concepção de espiritualidade sagitariana, que tem muito mais a ver com um caminho individual conduzido pelas motivações particulares para construir uma concepção da vida para sanar o anseio por alcançar algumas verdades além do que os olhos podem ver. Não é a toa que é incomum a tradição religiosa não servir para quem tem posicionamentos em sagitário, porque o templo espiritual que essa pessoa procura não está pronto de antemão, é ela quem deve construir.

Precisa enxergar a falsidade da ideia de que há apenas uma verdade universal e buscar um modo de ver a vida que inclua a diversidade, de modo para de sofrer com as frequentes contradições que se depara. As contradições e diversidade são inerentes à vida e entender isso é aceitar a complexidade a vida. É um exercício para compreender que somos pequenos e limitados. Mesmo assim, dentro destes limites há uma imensidão que é capaz de fornecer tudo o que precisamos para viver nossa, e somente nossa, vida.

Os dogmas minam a capacidade de enxergar as verdades da vida. Por isso, as viagens tem um papel bastante importante porque apresentam culturas que praticam uma moral diferente. Assim, pode-se relativizar aquelas crenças que não são fundadas na verdade, mas em uma instituição simbólica e ir separando aquilo que se repete entre as culturas, daquilo que é particular a elas. Nesta peneira, fica somente aquilo que é inerente a vida.

Uma mudança de perspectiva pode resumir bastante este aprendizado: entender que a pergunta certa a se fazer não é “Qual é a verdade da vida?”, mas sim “qual a verdade que eu quero viver na vida?”. Não há uma resposta pronta para esta pergunta, há um caminho longo, individual e muito bonito a ser percorrido.

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