Quando é preciso aprender a se cuidar e se acolher (Quiron em câncer)


O TERRITÓRIO DO ACOLHIMENTO

A energia canceriana acontece no campo emocional com um movimento em direção A dar e receber proteção. Este movimento pode em relação de uma pessoa para outra e também pode ser interno, de você para si mesmo, ou seja proteger-se e aceitar a própria proteção.
Os pais ou qualquer figura que tenha participado com intensidade da criação de uma criança representam este ninho seguro no qual somos protegidos das agressividades do mundo até nos tornarmos mais fortes.

As nossas vulnerabilidades são questões a serem superadas com o amadurecimento, mas elas também podem ser simplesmente necessidades emocionais que precisam ser supridas e expressadas em uma ambiente acolhedor. Ou seja, não são um problema a ser resolvido, mas naturais e intrínsecas a nós. A energia canceriana reconhece a legitimidade desta necessidade humana. Sermos fortes para encarar os desafios da vida não significa estar alheio às necessidades emocionais, mas saber como atendê-las. Dessa maneira, temos condições de prosseguir com nossas lutas, já que há sempre acesso a uma boa "enfermagem" dentro de nós, um lugar de cura e reabastecimento.

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O MITO DE QUIRON

Na mitologia, Quiron é um centauro imortal atingido por uma flecha com um veneno mortal. Por isso, ele não morre, mas o ferimento causado não se cura. Por sofrer de muitas dores, ele passa a procurar maneiras de amenizá-la. Diz-se o "Curador Ferido" porque Quiron passa a ter a capacidade de cuidar de outras pessoas porque ele descobre o antídoto mas e, além disso, possui a empatia de saber como é sentir aquela dor. Por isso, é a simbologia de uma dor que sofremos e que temos que buscar ativamente os antídotos para amenizá-la. Em termos de personalidade, os aprendizados do caminho de nossa maturidade fazem com que possamos viver de uma maneira cada vez melhor.

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ASTROLOGIA COMO FONTE DE CONHECIMENTO NÃO DETERMINISTA

A posição de Quiron em cada signo ou casa astrológica sinaliza o local das feridas, assim como outros planetas falam sobre demais aspectos de nossa vida. É comum para quem não conhece a astrologia com um pouco mais de profundidade, questionar até que ponto os astros influenciam o comportamento humano e a dinâmica da matéria na terra (marés, crescimento das plantas). Independente desta questão, a astrologia vem construindo um vasto conteúdo sobre as personalidades e dinâmicas humanas ao longo de milhares de anos de aprimoramento. Por isso, mesmo que você não conheça seu mapa astral, pode simplesmente se interessar por um tema explicado pela via astrológica e entender mais sobre ele o ajudará em seu autoconhecimento.

A reconhecida astróloga Claudia Lisboa explica que hoje em dia não existe mais “eu sou assim porque sou de tal signo”, na verdade pode-se dizer “eu sou de tal signo porque sou assim”. Ou seja os arquétipos astrológicos nos ajudam a nos entender em um processo que deve passar pelo nosso discernimento, e não nos classificar.

Se você quiser saber onde Quiron se localiza em seu mapa natal acesse astro.com

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QUIRON EM CÂNCER

Este posicionamento produz sensação de muita vulnerabilidade por conta de necessidades emocionais não atendidas que podem ter iniciado na infância e se mantido até a fase adulta. Vamos entender melhor como isso pode se manifestar.

As duas pontas do não acolhimento interno são o vitimismo e o excesso de rigidez. Na primeira, transferimos o papel do nosso cuidado para outras pessoas ou não enxergamos com clareza a parte que nos cabe da responsabilidade pelo nosso bem estar, transferindo isso como um dever para outras pessoas ou situações. Outras pessoas podem nos amar, mas não são obrigadas. E a segunda é a rigidez consigo gerada pela atitude de ignorar as emoções abdicando do direito de acolhimento.

Cuidar-se é uma habilidade que acontece no âmbito da ação. Por isso, quando não se aprendeu a cuidar e ser cuidado é difícil discernir quando isso está acontecendo e quando não está acontecendo nas relações. Por isso é tão comum vermos pessoas sacrificando seus sentimentos para continuar em uma relação que supostamente teria que nutrir estes sentimentos. O desconhecimento do que é cuidado gera descuido como resultado. Porque muitos podem ser os motivos que geram uma união, as pessoas podem-se ligar-se para nutrirem-se não só de amor, mas também de outros sentimentos como o domínio e a submissão.

Em contrapartida, estamos falando de um posicionamento que desperta nosso lado empático, por isso pode levar a agir com bastante solidariedade quanto às fragilidades dos outros, o que pode levá-los a sentirem-se confortáveis em expressar seus sentimentos.

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O CAMINHO DO APRENDIZADO

Este aprendizado é o caminho da formação da segurança emocional interior. Se você é capaz de acolher-se pode se entregar mais facilmente às situações da vida e mesmo para o acolhimento alheio, já que temos o nosso próprio disponível sempre que precisarmos.

Se a criança de Quiron em câncer cresce em ambiente familiar que não a acolhe – exemplos disso são a rigidez demais, a indiferença, as brincadeiras em excesso com suas fragilidades, ela não tem o exemplo para aprender como fazer isso. Então é preciso buscar este aprendizado através da convivência e envolvimento com outras fontes positivas de cuidado, sejam grupos ou pessoas. E o sinal de que uma relação é acolhedora é a forma que nos sentimos com uma pessoa, a despeito do que essa pessoa pode falar que sente por nós. Neste aspecto, confiar na intuição é algo decisivo.

Neste Quiron há a tendência em estabelecer relações de cuidado, como uma mãe cuida de seu filho. Estes papéis são mais solicitados para suprir a maior necessidade emocional deste Quiron, então é preciso tomar consciência das relações que não se deseja exercer esses papéis, por exemplo, uma relação sexual, amorosa. E, principalmente, estar atento àquilo que está dando liga às relações para verificar se não é algo negativo.

Por ultimo, é bastante importante ter consciência de que é preciso ser a própria fonte de segurança e nutrição, e não entregar este papel tão precioso a outras pessoas. Silnava Barbedo explicou dessa maneira:

"A procura do útero acolhedor finalmente terminará quando conseguir se transformar em sua própria mãe amorosa."

Com carinho,

Bárbara Li

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