Sigur Ros and his album ( ) // Sigur Ros e seu álbum ( )

I don't even know if I have already talked about Sigur Ros here or not, but my love for this band is so great that it would be no problem to talk about it once again. With the arrival of cold weather in my part of the world (Brazil) I naturally feel like listening to Sigur Ros, and I don't know if this is a kind of synergy and osmosis or if it comes from a cultural influence, but Sigur Ros is a completely winter sound (at least 90% of their discography). Obviously they are from a very cold country, Iceland. But I felt the cold entangled in warm, ethereal, absurd emotions before I even knew they were from there.

Source

Sigur Ros began their career in 1994 in their home country. And they went from an almost saturated start in experimental shoegaze to a unique and exceptional dive into a musical style never before seen and never achieved on their second album, the incredible Ágætis byrjun. They practically built the concept they would take from there: multi-layered walls of sound, echoes, shadows and lights, strings and metals, ghostly melodies crystallized by a cutting cold and soul-warming instruments, all this emblazoned on the unique and incredible voice of vocalist Jónsi Birgisson, who, not content with having created a unique musical style, even created his own language to sing the songs, the Vonlenska (or Hopelandic, as it became known). But today in particular I want to talk about her third album, Untitled, or ( ). Yes, the name of the album is ( )...

Source

The minimalism of the project has an incredible power and weight in its construction and quality, because it makes the experience much richer, from the details of the booklet containing blank spaces where the lyrics of each track would be (untitled 1, 2, 3, etc) for the listener to put there his sensations when listening and what he considers more connected to Jónsi's deep and chilling singing. The musical richness of the album is impeccable and superior even to its predecessor. Many of the tracks when heard in good sound (or better, in concert) have a transcendental immersion capacity, in some moments of tears, others of chills and energetic baths, and others of deep trance. The experimentalism is always present there, but polished and deeply connected in the tracks without becoming dissonant or uncomfortable. In this phase Sigur Ros prized for a sound that was a deep and immersive soundscape, half alien, half Icelandic, half contemplative and moved a little away from its noisy veins in the first work Von, but would eventually return to it in subsequent albums. Naturally, ( ) eventually became an unquestioned classic for fans. I leave here one of the band's greatest masterpieces and also the song that definitely won me over when I first met them. The Untitled 1.

Português

Eu nem sei se já falei de Sigur Ros por aqui ou não, as meu amor por essa banda é tão grande que não seria problema falar uma vez mais. Com a chegada do frio em minha região do mundo (o Brasil) naturalmente me vem uma vontade de ouvir Sigur Ros, e não sei se isso se dá por uma espécie de sinergia e osmose ou se advém de uma influência cultural, mas Sigur Ros é um som completamente de inverno (ao menos 90% de sua discografia). Obviamente eles são de um país bem frio, a Islândia. Mas eu senti o frio emaranhado em emoções quentes e etéreas, absurdas antes mesmo de saber que eram de lá.

Source

Sigur Ros começou sua carreira em 1994, em seu país de origem. E saiu de um início praticamente saturado num shoegaze experimental para um mergulho único e excepcional a um estilo musical jamais visto e jamais alcançado em seu segundo álbum, o incrível Ágætis byrjun. Praticamente construíram o conceito que levariam dali para frente: paredões sonoros de múltiplas camadas, ecos, sombras e luzes, cordas e metais, melodias fantasmagóricas cristalizadas por um frio cortante e instrumentos que aquecem a alma, tudo isso embargado na voz única e incrível do vocalista Jónsi Birgisson, que não contente por ter criado um estilo musical único, ainda criou sua própria lingua para cantar as músicas, o Vonlenska (ou Hopelandic, como ficou conhecida). Mas hoje em especial quero falar do seu terceiro álbum, o Untitled, ou ( ). Sim, o nome do álbum é ( )...

Source

O minimalismo do projeto tem um incrível poder e peso em sua construção e qualidade, por que torna a experiência muito mais rica, desde os detalhes do encarte conter espaços em branco aonde seria a letra de cada faixa (untitled 1, 2, 3, etc) para que o ouvinte coloque ali suas sensações ao ouvir e o que ele considerar mais conectado ao canto profundo e arrepiante de Jónsi. A riqueza musical do álbum está impecável e superior mesmo ao seu antecessor. Muitas das faixas quando ouvidas em bom som (ou melhor, no show) tem uma capacidade de imersão transcendental, em alguns momentos de lágrimas, outro de arrepios e banhos energéticos e outros de transe profundo. O experimentalismo está ali presente sempre, porém lapidado e profundamente conectado nas faixas sem que torne-se dissonante ou desconfortável. Nessa fase Sigur Ros prezava por um som que fosse uma paisagem sonora profunda e imersiva, meio alienígena, meio islandesa, meio contemplativa e afastou-se um pouco de suas veias ruidosas do primeiro trabalho Von, mas acabaria por retomá-lo em albuns seguintes. Naturalmente que ( ) acabou tornando-se um clássico inquestionável para os fãs. Deixo aqui uma das maiores obras primas da banda e também a música que me conquistou definitivamente quando os conheci. A Untitled 1.