“A vida é um parque de diversões no qual metade dos carrosséis não funciona“

O pianista James Rhodes diz que "estamos em apuros", que a "busca pela felicidade está nos tornando infelizes"; mas "só porque não estamos felizes não significa que estamos infelizes".

“Talvez nós possamos focar em celebrar nossa bagunça individual”

"Todos nos sentimos alternadamente ansiosos, para baixo, tranquilos, aflitos, contentes. Ocasionalmente, alguns de nós podemos nos perder no continuum em direção a depressão, ao transtorno de estresse pós-traumático e a pensamentos suicidas", disse Rhodes à BBC.
Para o pianista, assim é a complexidade da vida: "repleta de sentimentos e situações tumultuados, desafiadores e difíceis". "Negá-los, resistir a eles, se desculpar por eles ou fingir que não existem é contra-intuitivo e contraproducente". Leia a reportagem na BBC, onde Rhodes conta como sobreviveu a abusos e tentativa de suicídio

“Na verdade, a vida costuma mudar para pior”

É uma visão parecida à do escritor e cineasta Woody Allen (Allan Stewart Königsberg), para quem "a vida é um parque de diversões no qual metade dos carrosséis não funciona e a outra metade produz emoções muito menos intensas do que se esperava. " Em entrevista a Álex Vicente, do El País, ele ainda observa que "passamos a vida esperando que aconteça algo que, pela arte da magia, mude tudo para melhor. Na verdade, a vida costuma mudar para pior. Acreditamos que vamos ganhar na loteria, que nos darão o trabalho de nossos sonhos ou que conheceremos a pessoa perfeita, que conseguirá acabar com nosso casamento horroroso. Mas até quando isso acontece, você acaba se dando conta de que está diante de algo muito pior. Em certo momento, se pergunta para onde vai e entende que só ficará velho e morrerá. No sentido existencial, não se resolve nada."

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